quarta-feira, 29 de outubro de 2014

testemunho de SILVANIS LEVOU UM GRANDE CHOQUE E REVIVEU

TESTEMUNHO IMPACTANTE de FABIANA ANASTÁCIO! O CONVITE DE SATANÁS

OS SINAIS DA VINDA DE JESUS

Nos dias atuais, estamos sendo privilegiados por Deus, pois temos acompanhado e certamente participado do cumprimento de diversas profecias, proferidas há séculos e referentes aos “tempos do fim”. É visível o que Deus tem feito, bem como, a ação do homem e do diabo, transformando em realidade a Palavra Bíblica.
Um dos mais enfáticos ensinamentos do Senhor Jesus foi que Ele um dia retornaria a esta terra e que os Seus fiéis saberiam quando seria.
I.      O QUE É O FIM DOS TEMPOS
O fim dos tempos refere-se aos eventos que antecedem à segunda vinda de Jesus Cristo. E nós vemos que toda a Bíblia é escrita em torno do Senhor Jesus, o verdadeiro Messias e seu reinado. Sabemos que Deus revelou aos profetas do Velho Testamento os adventos tanto da primeira quanto da segunda vinda de Jesus Cristo e os finais dos tempos.
Há ainda outras expressões ao longo da Bíblia que também fazem menção a este mesmo período, por exemplo:
O fim - Mateus 24.14 “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim”.
Últimos tempos – Judas 18 “Os quais vos diziam que nos últimos tempos haveria escarnecedores ,que procuram gratificar seus próprios desejos irreverentes, que andariam segundo as suas ímpias concupiscências”.
O tempo do fim - Daniel 12.9 “E ele disse: Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até o tempo do fim”.
Última hora – 1ª João 2.18 “Filhinhos, é já a última hora, o fim desta era; e, como ouvistes que vem o anticristo ,aquele que se oporá a Cristo disfarçando-se de Cristo, também agora muitos têm-se feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora (o fim)".
Há ainda, inúmeras outras referências dentro da Palavra de Deus acerca deste mesmo período.
II.             O QUE SÃO OS SINAIS DA VOLTA DE JESUS

Os sinais relativos à volta de Nosso Senhor Jesus Cristo estão alinhados numa série de profecias, cujo principal objetivo é alertar os salvos a estarem convenientemente preparados para o arrebatamento da Igreja. No sermão profético, faz-nos o Senhor esta advertência: “Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que Ele está próximo, às portas” (Mt 24.33).
No evangelho segundo Mateus, o Senhor Jesus enfatiza fatos e acontecimentos que nos revelaria o ponto cruciante de Sua volta para arrebatar a Sua Igreja, quando esses sinais começarem acontecer disse o Senhor: “levantai vossas cabeças para o alto porque a vossa redenção já se aproxima” (Lc 21.28).
Ao todo, podemos apontar mais de trezentos sinais e profecias referentes ao aparecimento iminente de Cristo. Sendo o tema de maior relevância das Sagradas Escrituras, assim devemos considerar os referidos sinais.
Apesar de parecerem sem importância aos olhos dos incrédulos, todos os sinais relativos à vinda de Jesus tem de ser bíblica e teologicamente considerados.
A atenção da Igreja está voltada com grande simpatia, interesse e expectativa para muitos sinais que estão acontecendo nas mais distintas esferas. O Senhor Jesus foi bastante explicito em Suas predições, sobre quais seriam as condições do mundo, quando do Seu retorno a terra. Os discípulos de Cristo procuraram em particular e perguntaram-lhe: “Dize-nos quando acontecerão estas coisas, e que sinal haverá da Sua vinda e do fim dos tempos” (Mt 24.3). Jesus, então, deu-lhes uma lista dos sinais que deveriam observar; iniciando com os sinais religiosos. Veremos agora os fatos e acontecimentos que englobam o poder Glorioso do Mestre em profetizar- nos o seu retorno a terra.
Quando acontecerão estes sinais? Alguns já aconteceram (Israel como nação). A maioria já está acontecendo, basta ver os jornais. (Guerras, fome, terremoto, apostasia, falsos mestres, etc.). Outros ainda acontecerão. (reconstrução do templo, etc.), “...mas ainda não é o fim” (Mt 24.6).
III.             SINAIS NA ÁREA RELIGIOSA
1.      Falsos Cristos.
Em Mateus 24.3, os discípulos de Jesus fizeram-lhe uma pergunta dizendo: “Dize-nos quando serão estas coisas”; “que sinal haverá da tua vinda” “e do fim do mundo?” A primeira coisa que Jesus advertiu foi: “Acautelai-vos que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos” (Mt 24.4). “Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui ou ali, não lhes deis crédito”.
Muitos “líderes” religiosos têm-se apresentado como Cristo ou dizendo que são os salvadores do mundo, mas estão enganando a muitos como profetizou o Senhor Jesus.
Nos últimos 50 anos, cerca de 1.100 líderes se apresentaram como cristo ou na condição de salvador do mundo.
 2.      Falsos profetas.
“E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.11, 24).
Na Bíblia encontramos uma relação de falsos líderes que podemos enquadrar como falsos profetas.
 “Também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme” (2ª Pe 2.3).
Os falsos profetas aqui são comparados aos falsos líderes da obra de Deus, isto é, pessoas que promovem-se a líderes com fins gananciosos, que pregam a mensagem por interesses financeiro, que usurpam os bens das pessoas simples, oferecendo em troca bênçãos que não podem dar, ensinam doutrinas de homens e acham-se sábios e superiores aos demais, pelo que terão de prestar contas ao justo Juiz de toda a terra.
O apóstolo Pedro já advertia a Igreja de Cristo em seus dias dizendo: “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmo repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza, farão de vós negócios com palavras fingidas” (1ª Pe 2.1-3).
Um dos grandes sinais do fim dos tempos (Mt 24.3) é a aparição de um grande número de “falsos obreiros” ou de “falsificadores da Palavra de Deus”, que enganarão com muita habilidade e astúcia o povo de Deus (Mt 24.5,11), inclusive, com a realização de grandes sinais e prodígios. Esses “falsos obreiros” encontram-se exercendo várias funções na igreja.
À medida que o fim se aproxima, surgem muitos falsos mestres e pregadores entre o povo. A lealdade total à Palavra de Deus, bem como santidade bíblica, serão coisas raras. Cristãos professos aceitarão “novas revelações” mesmo que elas conflitem a Santa Palavra de Deus. Isto motivará oposição à verdade bíblica dentro das igrejas. Para não ser enganado, cada cristão deverá crescer em fé e amor para com Cristo, e ter como autoridade absoluta em sua vida a Palavra de Deus, conhecendo-a bem na sua totalidade. Queremos ressaltar aos irmãos leitores que Satanás está criando uma grande confusão religiosa na mente das pessoas, para não crerem no Evangelho do Senhor Jesus.
O aumento dos falsos mestres e a gravidade de suas heresias marcarão os últimos dias antes da vinda de Cristo.
3.      Aumento dos escândalos nas igrejas cristãs.
“Nesse tempo muitos hão de escandalizar-se, trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (Mt 24.10-11).
Isto decorre da existência da Igreja na terra, e do joio que cresce no meio do trigo (Mt 13.330, 40-43). Hoje temos visto uma onda crescente de escândalos, envolvendo principalmente aqueles que destacam-se na igreja e na sociedade. A corrupção o roubo, o adultério, a ganância tem sido alvo dos escândalos de obreiros no meio do povo de Deus nestes últimos dias.
Causas dos escândalos: Destaque e interesse de posição, o envolvimento com dinheiro e adultério, essas causas têm puxado o tapete de muita gente, que envolvem-se e escandalizam a obra de Deus na terra.
As consequências de escândalos cometidos por certos “lideres”, tem deixado muitas igrejas apática sem interesse pelas coisas espirituais (Ap 3.15-16), principalmente pelo evangelismo. Obreiros despreocupados e acomodados, como se Jesus não voltaria para esta geração. Amantes mais do dinheiro do que das almas.
4.      A manifestação da apostasia.
Inspirado pelo Espírito Santo, deixou-nos o apostolo Paulo este gravíssimo alerta: “Mas o espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e à doutrina dos demônios. Pela hipocrisia dos homens que falam mentira, tendo cauterizado a sua própria consciência” (1ª Tm 4.1-2).
Apostasia do termo grego apostásis, e significa afastamento, abandono consciente e público da fé.
Observe que essa “apostasia” doutrinária será um grande afastamento da fé. Há muito tempo que os eruditos bíblicos afirmam que isso significa que a vasta maioria das igrejas no fim dos tempos abandonaram as doutrinas fundamentais em uma extensão tal que elas não mais poderão ser consideradas cristãs.
Para qualquer observador experiente e informado, é bem claro que os tempos de afastamento da igreja das doutrinas fundamentais antes defendidas já chegaram. Há muito tempo Satanás aprendeu que precisa introduzir diversas enganações, por que nem todas as pessoas em uma população cairão em uma única mentira; portanto, Satanás criou diversas religiões falsas, sabendo que se uma pessoa não for enganada por uma grande falsidade, talvez seja enganada por outra.
Trata-se do terrível pecado desviar-se da fé. O Espírito Santo fala abertamente que nos últimos dias muitos vão apostatar, isto é, negar a fé, negar as doutrinas do cristianismo. As Sagradas Escrituras ensinam que haverá um grande desvio da fé no fim dos tempos. Será uma era de tempos trabalhosos (2ª Tm 3.1-9). Nessa época a sã doutrina não será suportada. Haverá entre o povo de Deus heresias destruidoras. A apostasia é uma rebelião contra a fé cristã. São pessoas que terão oportunidade de ouvir a pregação do santo evangelho, mas irão endurecer seu coração, não aceitando as verdades bíblicas. Por essa razão apostatarão da fé, ou seja, afatar-se-ão conscientemente da sã doutrina bíblica e negarão as verdades bíblicas. Porém, podemos afirmar que os verdadeiros crentes que experimentarão do amor e da graça salvadora jamais apostatarão.
Infelizmente, essa profecia vem-se cumprindo de forma alarmante. Igrejas são corrompidas por falsos mestres; congregações inteiras são desviadas da simplicidade do evangelho por videntes e profetas que se acham a serviço de Satanás.
Neste final de século tem-se alastrado uma verdadeira febre pelas questões esotéricas que manifesta-se dos mais diferentes modos: grafologia, mapa astral, astrologia, viagens para fora do corpo, comunicações telepáticas, pirâmides, cristais, duendes, gnomos da prosperidade, livro de relaxamento, meditação, medicina alternativa, ovnis, Ets., explosão de novas seitas.
A situação atual é favorável ao cumprimento dessas profecias. Ecumenismo, Nova Era, globalização, unificação política e econômica, controle tecnológico, apostasia cristã. Isso não nos traz medo, mas alegria: breve Jesus voltará (Lc 11.25-28).

5. A propagação universal do Evangelho.
“E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim” (Mt 24.14).

Conquanto existam ainda muitos povos não alcançados pelo evangelho, não podemos ignorar que, em termos universais, o Evangelho já chegou aos confins da terra. Pois o fim não poderá ocorrer enquanto isso não acontecer. Paulo referiu-se a essa necessidade em Rm 10.12-15, e uma vez que “a totalidade dos gentios” tenha sido trazida para o redil, então virá o “fim”, o que significa que Deus terá completado, neste mundo, os planos para a propagação das boas novas e cumprir-se-ão os seus propósitos entre as nações. Aqueles que fizerem parte deste grupo perseverante, que não hesitarem, que não deixarem-se envolver pela apostasia e pela iniquidade, mas que continuarem fiéis na proclamação das boas novas de Deus, até que seus planos estejam completos quanto a este mundo, estes serão os que compartilharão daquela grande herança dos redimidos.
Portanto, precisamos compreender claramente que a Igreja é responsável por trabalhar com Deus para que o reino seja trazido, como Mateus 24.14 confirma. E, ao entender que o reino de Deus só pode aparecer publicamente após o final desta era, a Igreja não pode fazer outra coisa a não ser estar interessada no fim.
Pois, embora o final dessa era não tenha nenhuma relação com a Igreja em si, ela tem muito a ver com a pregação do evangelho.
Por esta razão, o Senhor Jesus nos diz em Mateus 24.14 que o evangelho do reino deve primeiro ser pregado e, então, o reino dos céus virá.
A pregação do evangelho é nada mais é que declarar que Deus, que reina nos céus hoje, amanhã reinará sobre a terra expulsando completamente o príncipe das trevas com todos os seus seguidores e maus espíritos para que, então, para que Cristo implante seu reinado com sua Igreja.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Carta do Pr. José Rodrigues ao Pr. Luiz Hermínio

Carta do Pr. José Rodrigues ao Pr. Luiz Hermínio
Trindade, 13 de outubro de 2014

Luiz,
Vivemos um momento muito grave em nossa nação, muito parecido com o que ocorreu em 1964, quando os militares deram um golpe para impedir que o Comunismo se instalasse no Brasil. Há declarações veladas das Forças Armadas dizendo que se o PT vencer as eleições haverá guerra e o Brasil estará arruinado.
Nessa hora temos que somar forças, parar tudo e nos dedicarmos à intercessão nesses poucos dias que faltam antes do dia 26 de outubro. Temos pouco tempo para salvar o Brasil, através de nossas orações e ações.
O Brasil tem uma vocação cristã, mas, nossa presidente se manifestou, por duas vezes, na ONU, em favor do estabelecimento do Islã em nossa nação. No Decreto 8243, ela passa por cima da Constituição, Congresso Nacional, e do Direito estabelecido.
Amanhã poderá ser tarde demais, e tudo só depende do arrependimento de nós que somos pastores, e de orarmos sem cessar. A mentira não há de prevalecer, a verdade e a justiça hão de prevalecer.
A Coréia (Norte) no inicio do século passado era um país lindo. Pyongyang viveu um grande avivamento nos anos 1902-1908, mas o Comunismo eliminou o Cristianismo na Coréia. Quinhentos pastores foram mortos e outros fugiram. Hoje são cerca de 60 mil cristãos presos, sendo torturados e mortos todos os dias.
Vamos parar tudo, nossas agendas e nos dedicarmos à oração. Vamos lutar no monte e no vale, pois, só nós podemos mover o braço do Eterno e Todo Poderoso Deus, aquele que remove e estabelece reis.

Sabendo que o Senhor nos pedirá contas.

jose rodrigues
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sábado, 22 de março de 2014

Segundo casamento há benção nele?

EDIÇÃO 84 > ESPECIAL
Há bênção na segunda chance?
Segundo casamento
Uilians Santos
Existe no meio evangélico quase um consenso de que o divórcio e, conseqüentemente, um segundo casamento são atos pecaminosos, indignos de pessoas que declaram Jesus Cristo como Senhor e Salvador. A posição é baseada em passagens bíblicas como Malaquias 2.16, onde Deus deixa claro que “odeia o divórcio” e que este não foi o plano inicialmente estabelecido para a família. Porém, a própria Palavra do Senhor mostra que em algumas situações como infidelidade, relatada em Mateus 19, ou abandono, como esclarece 1 Coríntios 7.15, a separação é aceita e deixa a pessoa livre da condenação do pecado e do julgamento de outras pessoas.
Apesar das argumentações serem variadas, assim como as interpretações, o notório é que o tema é um tabu entre crentes e gera várias discussões. O assunto ganha mais força num momento onde o número de separações e recasamentos de evangélicos vêm aumentando em todo o mundo. Pesquisa realizada pelo Barna Research Group mostra que o índice de divórcios entre os cristãos americanos é mais elevado do que a média da parcela da população não-crente. Segundo o estudo, 27% das pessoas que declaram Cristo como Senhor já passaram por essa experiência, contra 24% dos adultos não “alcançados”. O Instituto Gallup também rastreou a vida dos casais cristãos americanos e encontrou resultado bastante parecido. A pesquisa apontou que 26% dos protestantes e 23% dos católicos já foram divorciados em algum momento da vida.
No Brasil a situação não é diferente. Em 2005, a Sepal (Servindo Pastores e Líderes), em parceria com o Ministério Apoio, realizou uma pesquisa para traçar o perfil das pessoas sem casamento nas igrejas brasileiras. Um dos objetivos do estudo era “conhecer a realidade afetiva, sexual, familiar e social” das pessoas que não estavam casadas no meio evangélico e preparar a igreja para trabalhar com elas.
O levantamento, feito com 478 evangélicos de diversas denominações de todas as regiões do país, revelou que pessoas entre 41 e 60 anos (79%) que responderam à pesquisa estavam divorciadas. Dos crentes que não estavam casados nas igrejas brasileiras, a partir dos 30 anos, a pesquisa mostrou que 34% dos homens e 32% das mulheres estão divorciados. O estudo revelou ainda que 22% dos homens e 13% das mulheres se encontravam separados.
Ao lado das questões espirituais, e por ser uma decisão que não afeta diretamente a vida do casal, mas de toda a família, é preciso levar em conta vários fatores antes de chegar a uma decisão. Até que ponto o divórcio e o novo casamento são atitudes realmente corretas aos olhos do Senhor? Como a igreja deve lidar com essa crescente situação? O que a Palavra de Deus diz sobre o assunto? Caso existam filhos, como eles reagirão à separação?
Estas são algumas das questões que devem ser feitas. “A decadência moral da sociedade contemporânea está influenciando a igreja. Em vez de a igreja lutar contra a cultura do relativismo mundano, ela está sendo influenciada”, afirma o pastor e escritor Hernandes Dias Lopes.
Lopes explica que em apenas duas situações o divórcio é legitimado: infidelidade (Mt 19.3-12) e abandono (1 Co 7.15). O autor do elucidativo Casamento, Divórcio e Novo Casamento (editora Hagnos) não é favorável à separação. Em sua obra, ele não aborda apenas questões sobre o divórcio, mas mostra ensinamentos para a boa convivência do casal e de como se construir um matrimônio sólido: “Penso que o perdão e a mudança de conduta são melhores do que a separação”.
DEUS DO IMPOSSÍVEL
O perdão é uma das principais características de Deus e do cristianismo ao longo dos séculos. Por meio do seu amor incondicional, o Senhor deixa claro que é capaz de esquecer os erros cometidos por qualquer pessoa que os “confessar” e os abandonar. E no casamento não é diferente.
Um dos exemplos é o de Davi que, mesmo após ter matado e cometido adultério com a mulher de Urias, foi perdoado quando reconheceu seu erro e acabou tornando-se “um homem segundo o coração de Deus”. Além disso, de uma relação que começou ilícita, foi gerado o rei Salomão, e da mesma linhagem nasceu Jesus Cristo.
Além desse exemplo na vida de Davi, a Bíblia registra nos três primeiros capítulos do livro de Oséias a história de Gômer, esposa do profeta que, seduzida pela luxúria, acaba deixando o lar para viver com seus amantes. Este incidente da vida do profeta é usado como exemplo, no texto, para também mostrar a prostituição em que se encontrava Israel, que havia se “cansado” de Deus e se entregado a outros deuses.
No capítulo 3, o Senhor deixa claro que, mesmo traído, não abandonaria Israel, e o mesmo esperava de Oséias. “O Senhor me disse: Vá, trate novamente com amor sua mulher, apesar de ela ser amada de outro e ser adúltera. Ame-a como o Senhor ama os israelitas, apesar de eles amarem outros deuses” (vs.1).

Estudioso do tema e com aproximadamente 25 anos de experiência no aconselhamento de casais, Lopes, que está à frente da 1ª Igreja Presbiteriana de Vitória (ES), explica que as pessoas que optaram pela separação dentro do que é previsto pela Bíblia não podem ser condenadas e nem vistas como pecadoras por decidirem casar novamente.
Para ele, quem proíbe ou condena o novo casamento de divorciados segundo as leis bíblicas comete um erro. “A Bíblia não nos autoriza a colocar esse fardo sobre os ombros daqueles que foram vítimas da infidelidade do cônjuge ou abandonados. Assim, onde a Bíblia permite o divórcio, ela também ratifica o novo casamento”, ensina. “Chamar de pecado o que Deus não chama de pecado é um grave erro. O apóstolo Paulo alerta para o ensino perigoso dos espíritos enganadores que proíbem o casamento (1 Tm 4.3)”, escreve.
Na avaliação do pastor e terapeuta familiar Josué Gonçalves, existe muita “ignorância quando se trata de separação conjugal”. Muitas vezes, a igreja acaba esquecendo de seguir o exemplo da compaixão ensinada por Jesus Cristo e acaba atrapalhando mais do que ajudando as pessoas que foram obrigadas a tomar essa decisão. Embora seja contrário à banalização do casamento, Gonçalves, que atende casais e realiza palestras em várias regiões do Brasil e do exterior, reconhece que, em “alguns casos”, a separação “é uma questão de bom senso e de preservação até da integridade física”. Outro fator para a crise do casamento é a secularização, que tem deixado muitas marcas entre os crentes. “A causa principal é a crise de compromisso que estamos vivendo dentro e fora dos portões da igreja. Amar, antes de ser um sentimento, é uma decisão. Esta decisão precisa ser responsável e de longa duração. A igreja não pode perder o senso de radicalidade do Evangelho”, comenta.
Após cinco anos de casamento, Deborah dos Santos Travassos, 30 anos, foi obrigada a colocar um ponto final em seu casamento depois que descobriu que o ex-marido, que ocupava cargos de liderança, mantinha, há mais de um ano, um caso extraconjugal com uma irmã da igreja onde congregavam. Depois de tomar conhecimento da traição, nos doze meses seguintes ela ainda tentou salvar o casamento. Porém, como o ex-marido não mudou sua conduta, preferindo ficar com a amante, Deborah decidiu buscar a própria felicidade. “Eu estava sendo humilhada e não podia ficar correndo atrás de uma pessoa que estava me fazendo sofrer. Eu queria ser feliz e viver.”

Para o casal Jessé Bueno e Suely Lemes de Oliveira, diretores nacionais do MMI Brasil, que promove o Curso Casados para Sempre, o casamento não deve ser desfeito em nenhuma circunstância
Embora sua vida espiritual tenha sido inicialmente abalada, Deborah nunca perdeu a fé e a esperança de construir uma família. Orientada por seu pastor e crendo que Deus a ajudaria a solucionar seu drama, ela se casou novamente. Hoje, passados cinco anos ao lado de Moisés, que na época iniciava na caminhada cristã, ela comemora um dos melhores momentos de sua história (Deborah também é mãe de uma linda menina chamada Letícia). “Sempre tive certeza da vitória. E hoje vivo aquele sonho que sempre quis ter”, garante. “Na época, quando tudo aconteceu, muitas pessoas me disseram que a glória da segunda casa seria melhor do que a primeira”, afirma, dizendo que tem vivenciado essa verdade bíblica. “Quando você está na presença de Deus e fazendo as coisas certas, tudo acaba te conduzindo a Ele.”

JOGO ABERTO
Na avaliação do pastor Fausto Brasil, responsável pelo Ministério Apoio, entidade cristã fundada em 1996 com o objetivo de atender pessoas “solteiras, divorciadas e viúvas”, a igreja deve, primeiramente, ser honesta ao ensinar à congregação o que crê. “Se o novo casamento não faz parte de suas convicções, seus membros precisam saber disso e o porquê”, diz. “Outra situação é a igreja não aceitar o divorciado casado de novo como membro. Ela pode até não aceitar, mas não pode impedir que estes freqüentem as reuniões e os cultos, e, por mandamento, deve amar a todos indistintamente.”
Fausto Brasil avalia que considerar todos os divórcios e o segundo casamento como algo pecaminoso é um grave erro. Porém, explica que se uma pessoa sair de casa, assumir um “relacionamento adúltero”, não se arrepender de seu ato e não buscar restaurar seu casamento, mas mantê-lo desta forma, “está, sim, em pecado”. “Ao falar sobre divórcio, Jesus é muito claro em afirmar que o mesmo ocorre devido à ‘dureza do coração’ (Mateus 19.8). Quando o coração de um, do outro ou dos dois endurece, não há mais espaço para arrependimento, para perdão, para reconciliação, e a separação parece ser a saída.”

Deborah Travassos foi obrigada a encerrar seu casamento depois de descobrir que o ex-marido, que ocupava cargos de liderança, mantinha um caso extraconjugal. Hoje comemora vitória ao lado de Moisés e da filha Letícia, sua nova família
O pastor presbiteriano Wesley Triunfo Rocha, 39 anos, casou-se novamente depois de sofrer com “problemas conjugais relatados em Mateus 19” e ser abandonado pela ex-esposa. “A separação não foi o melhor caminho. Busquei a restauração, mas não foi possível. Não poderia ficar com alguém que não queria viver mais comigo.”
Na época em que passava pelo processo de separação, cinco casais de sua igreja – na pequena Piratininga, cidade do interior paulista, com cerca de 10 mil habitantes – também estiveram próximos de colocar um ponto final no matrimônio. Depois de acompanhamento pastoral e trabalhos de cura interior, todos os casais resolveram permanecer juntos. Entretanto, o pastor acredita que a posição de expor para a igreja o problema que enfrentava colaborou para que os casais em crise compreendessem a importância do casamento. “Eu ainda creio e prego que o casamento é para sempre”, reforça Rocha.
Além de ser favorável ao divórcio, mas somente após esgotar todas as possibilidades de uma reconciliação, Rocha lembra que agressões, violência doméstica, traição, dureza de coração e abandono são algumas situações que podem levar pessoas a terminar um relacionamento.

Adolfo Costa e Deize de Paula eram separados e se casaram há 28 anos. Ele é pastor há 15 anos e acredita que a falta de orientação é, hoje, a principal causa para o alto índice de divórcios na igreja
O pastor conta que atendeu a um caso em sua igreja em que a mulher era agredida fisicamente pelo marido. Mesmo depois de muita conversa, acompanhamento de especialistas e aconselhamento pastoral, as surras à esposa e aos filhos não cessaram. Em várias ocasiões, as sessões de violência e ameaças de morte terminavam na delegacia. “Como dizer que aquela família levava uma vida de bênçãos se dentro de casa era um inferno?”, questiona pastor Rocha. Depois de acompanhar de perto, durante anos, aquela situação e não ver nenhuma evolução, o pastor começou a temer o pior e sugeriu a separação do casal. “Como poderia dizer para a pessoa continuar casada numa situação dessas? Ela e as crianças corriam sérios riscos de vida”, enfatizou.
Numa situação extrema como essa, o pastor Ciro Eustáquio Lima de Paula, responsável pela Rede da Família, que desenvolve diversas atividades com fundamentação bíblica para atender lares em diversas áreas, revela que não incentivaria o rompimento dos laços matrimoniais. “Mesmo que o agressor passe um período na cadeia, preferimos que o casal permaneça casado.”
Josué Gonçalves afirma que cada divórcio tem uma história e os diversos casos não podem ser tratados de forma generalizada. Falta de maturidade, de comunicação, desajuste sexual, ciúme doentio, insatisfação sexual, falta de conselheiro, intromissão de parentes no casamento, desequilíbrio financeiro, incompatibilidade espiritual e falta de perdão são as principais causas que têm levado casais a terminarem um matrimônio. Nessa circunstância, a congregação, como defensora da família, tem importantes papéis a cumprir, como preparar os que vão se casar, tratar das uniões em crise e socorrer as pessoas que passaram pelo divórcio. “A igreja deve buscar sempre trabalhar na restauração dos casamentos arruinados. Porém, existem pessoas que foram abandonadas, traídas, forçadas por uma situação irreversível e precisam ser assistidas, tratadas, apoiadas e curadas.
A igreja é uma grande clínica da alma: tem a missão de curar aqueles que sofreram uma separação que sempre é traumática”, frisa.

ANALISANDO AS EXCRITURAS
Verificar o que realmente diz as Escrituras é uma das lições para contrariar o radicalismo e as interpretações equivocadas da Palavra de Deus nessas situações. Para Jaime Kemp, fundador do Ministério Lar Cristão, entidade que tem ajudado milhares de pessoas a restaurarem a harmonia de suas casas, o pastor que se separou sem o consentimento bíblico perde a ‘autoridade’ e ‘credibilidade’ para permanecer diante do trabalho. Ele lembra que em 1 Timóteo 3, o apóstolo Paulo deixa registrado que o líder precisa tomar alguns cuidados no exercício da atividade ministerial, como ‘ser marido de uma só mulher’ e ‘não ser motivo de acusação’.
“Em minha opinião, se o líder se divorciou em base não bíblica, perdeu a unção para ficar no cargo de liderança.” Para ele, um dos motivos que tem gerado a "epidemia" de separações e recasamentos nos púlpitos é a má interpretação das Escrituras. “Há pessoas que não têm conhecimento da Palavra de Deus e acabam ensinando heresias”, afirma. Para mudar essa situação, é preciso voltar a ensinar a Palavra, estabelecer regras claras para que todos na igreja fiquem cientes e preparar os casais para enfrentar as adversidades. “Nós deveríamos fazer a diferença, ser sal e luz para modificar e transformar a sociedade, mas hoje é a sociedade que está nos transformando.”
As histórias pessoais de Adolfo Carmo Costa e Deize de Paula Costa são parecidas. Ambos foram casados antes de se converterem, se separaram, e os antigos companheiros não estão mais vivos. Casados há 28 anos, eles construíram uma família e hoje são vistos como exemplo por muitos amigos e familiares. Sempre que um dos filhos enfrenta problemas no casamento, vão buscar o conselho dos pais.
Adolfo Costa, que é pastor há 15 anos e atualmente lidera a Igreja Evangélica Congregacional em Santos (SP), acredita que a falta de orientação é, hoje, a principal causa para o alto índice de divórcios na igreja. Para evitar que problemas ocorram e o número de separações aumente, ele defende que a igreja tenha um grupo de apoio que preste auxílio aos casais e oriente na educação dos jovens em relação ao casamento. “Um casal tem o direito de se unir e ser feliz. É isso o que o Senhor quer de nós”, ressalta.
A Rede da Família está ligada à Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG) e acompanha o casal desde o namoro. Os noivos passam por um estudo bíblico antes de trocarem as alianças e, após o casamento, têm a oportunidade de fazer cursos voltados para diversas áreas da vida familiar, como finanças e criação de filhos. “Trabalhamos no sentido de o casamento não ser desfeito”, explica o pastor Ciro Eustáquio.
A grande quantidade de informações acaba se refletindo positivamente na vida dos casais. Segundo ele, a média de separações das pessoas que passam pelo curso está aproximadamente 5% inferior aos 30% da média brasileira.
Nas situações de pessoas que desejam se casar novamente, um dos cuidados é analisar, por meio de uma entrevista, se a primeira separação teve fundamentação bíblica. “Tem casos em que não aconselhamos e não realizamos o casamento.”
Para mudar o quadro atual, além do investimento na educação, participação da igreja e preparação dos jovens, os bons exemplos a ser seguidos precisam partir de casa. Nessa missão, o pastor e terapeuta familiar Josué Gonçalves sugere que os pais devem servir como espelho e viver uma vida conjugal equilibrada para que os filhos trilhem os mesmos modelos ao longo da vida. “Cada um de nós é responsável pela decisão que toma, pois a Palavra está aberta para todos como um aferidor que deve nos dirigir em cada escolha que fazemos”, ensina.
Para o casal Jessé Bueno de Oliveira e Suely Lemes Barbosa de Oliveira, diretores nacionais do MMI (Marriage Ministries International) Brasil, entidade que promove o Curso Casados para Sempre, o casamento não deve ser desfeito em nenhuma circunstância. Na avaliação deles, as igrejas que aceitam e realizam o casamento de pessoas separadas estão abrindo precedentes para que outros casos de separação ocorram. “Às pessoas que já passaram por esta experiência de divórcio e novo casamento orientamos a respeito do arrependimento, porque um pecado é o divórcio, e o outro é o segundo casamento”, afirma.
Nos cursos realizados em todo o Brasil, o aconselhamento é valorizado pelo bem da família, e homens e mulheres são orientados a lutar pelos seus casamentos, independentemente das situações que os levaram ao rompimento. “Se lutarmos pela manutenção da aliança, que é o plano original de Deus, certamente ajudaremos a evitar muitos problemas futuros. Cremos em um Deus todo-poderoso, para quem não há impossíveis”, arremata o casal.